sexta-feira, 20 de junho de 2008

A questão da ânsia por um relacionamento sexual. Vejam, a questão é auto-biográfica, digo, a questão não é auto-biográfica. Vieram me perguntar: "que que é aquilo?". Você consegue dormir debaixo dum rio? As coisas não são tão fáceis. Eu busquei na literatura algo de interessante para citar:

Por muito tempo na nossa cultura acreditava-se que a mulher tinha porque tinha que casar virgem, ou seja, sem nunca ter tido contato sexual com penetração. A mulher tinha que ter o hímen intacto. Hímen é aquela membrana, ou uma espécie de “pelinha”, que recobre a entrada da vagina de quem nunca transou. (MIRTES, 2007, p. 34)

Nada mais representativo de toda a confusão que prolifera em mentes e mais mentes nesse Brasil de tantas mazelas sociais que vem assolando as cidades que usufruem dos benefícios que últimos estudos de sexologia vem trazendo para este campo tão importante que tanto ajuda na hora de resolver questões de cunho sexológico e que realmente precisavam de um explicação minimamente coerente depois que enfrentei situações constrangedoras.

MIRTES, Marina. Sex on the road. Editora Edir Tancredo. Goiás, 2008.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Atitude

Silva & Silva (1997) recomendam para gravioleira no segundo ano 250g de uréia, 150g de superfosfato triplo e 150g de cloreto de potássio. No terceiro ano 350g de uréia, 250g de superfosfato triplo e 250g de cloreto de potássio; a partir do quarto ano: 600g de uréia, 400g de superfosfato triplo e 400g de cloreto de potássio por planta em cobertura em três parcelas iguais sendo a primeira no início das chuvas e as outras com intervalos de 45 dias, exceto o adubo fosfatado que deve ser aplicado em dose única na primeira aplicação.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Será que é perda de tempo?

Eu tô atrasado? Tem balada no final de semana? A tia Maria vem almoçar aqui em casa hoje? Tem defesa de monografia daqui 10 dias? Que horas que passa o ônibus? Chegou a encomenda? Quantas gramas? Pode ser mussarela? Tem que ligar pro técnico. Tá, vamo. Você me avisa por e-mail? Esse eu já li. Eu apoio a greve dos servidores públicos.

O neurótico, tem plena consciência do seu problema e, muitas vezes, sente-se impotente para modificá-lo.
Exemplos:
1 - Diante de um compromisso social a pessoa neurótica reage com muita ansiedade, mais que a maioria das pessoas submetidas à mesma situação (desproporcional). Diante desse mesmo compromisso social a pessoa começa a ficar muito ansiosa uma semana antes (muito duradoura) ou, finalmente, a pessoa fica ansiosa só de imaginar que terá um compromisso social (sem causa aparente).
2 - Num determinado ambiente (ônibus, elevador, avião, em meio a multidão, etc) a pessoa neurótica começa a passar mal, achando que vai acontecer alguma coisa (desproporcional). Ou começa a passar mal só de saber que terá de enfrentar a tal situação (sem causa aparente).

Será que a gente vai casar? Você acha que eu devo comprar uma mochila nova? Eu não gosto do vendedor daquela loja. Eu tava precisando me relacionar sexualmente falando... Sexta-feira, então? Dá tempo?

domingo, 1 de junho de 2008

Momento autoreflexivo (os outros, acho, também eram, porém)

Eis o que diz Fabiana Komesu* sobre o... sobre o... sobre o espaço do qual aqui faço uso:

"Há, pelo menos, dois fatores que justificam a popularidade de uma ferramenta como o Blogger na produção dos escritos pessoais: (1) a ferramenta é popular porque não demanda o conhecimento do especialista em informática para sua utilização e (2) a ferramenta é popular porque gratuita, não se paga (ainda...) por seu uso ou pela hospedagem do blog no site que oferece o serviço."

e

"O blog é concebido como um espaço em que o escrevente pode expressar o que quiser na atividade da (sua) escrita, com a escolha de imagens e de sons que compõem o todo do texto veiculado pela internet. A ferramenta empregada possibilita ao escrevente a rápida atualização e a manutenção dos escritos em rede, além da interatividade com o leitor das páginas pessoais. Os blogs possuem, portanto, características diferenciadas dos diários tradicionalmente escritos. Acredito que não se deve associá-los porque são acontecimentos discursivos distintos, cuja materialidade advém de “gêneros dodiscurso” também distintos."

Ó, eu acho (o público fica com ânsia) que a posição de que não devemos associar diário com blog é frágil porque acho (o público quase pára de ler, mas continua porque já tá no fim mesmo) que o diário é o gênero mestre da escrita em geral. Mas ó, eu até pararia por aqui, mas ó, dizer que o escrevente "pode expressar o que quiser" é uma afirmação que transborda o balde do possível. Quem escreve o que quer que me prove o contrário, se é que dá pra entender o âmago dessa metáfora do balde transbordando.

*O texto da Fabiana chama-se "Blogs e as práticas de escrita sobre si na internet" e está, ou pelo menos estava, disponível em http://www.ufpe.br/nehte/artigos/blogs.pdf

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Tentando

- Oi.
- Oi?
- Oi.
- Ah, oi.
- Que tem feito?
- Que?
- Que tem feito?
- Ah... eu?
- Que?
- Tá falando comigo?
- Aham...
- Eu... eu tenho... eu tô... eu...
- Me falaram que você não sai mais de casa.
- Eu?
- Aham.
- Ah, é que eu... eu...
- Deve ser bom.
- Bom? É... é e não é...
- Ô, tenho que ir. Até depois.
- Que?
- Manda um abraço pro teu pai.
- Meu pai... mando, mando. Acho que mando...